No mercado vigora o modelo da oferta e da procura. A indústria - que visa ao lucro - só produz o que se vende, principalmente, nos supermercados. Se existe um mercado gigantesco de refrigerantes, bebidas açucaradas, chocolates e biscoitos recheados, é porque há uma demanda global para estes produtos. Contudo, os novos hábitos alimentares dos consumidores serão capazes de mudar a mentalidade das gigantes dos alimentos.
Já é possível vislumbrarmos sinais de mudança em um horizonte próximo. A população está cada vez mais informada sobre a qualidade/nocividade de cada produto. Apesar dos maus hábitos e das viciadas práticas alimentares diárias (baseadas em carboidratos refinados, açúcar e produtos altamente processados), está cada vez mais difícil enganar as pessoas. Os governos apertam o certo contra o marketing desmedido e impõe medidas restritivas, como maior tributação dos produtos ricos em açúcar e gordura trans. O Chile é um exemplo próximo (confira a matéria aqui).
Um novo padrão de consumo alimentar se desenha. Se a procura dos novos e conscientes consumidores for por alimentos saudáveis, a indústria terá que se adaptar e oferecer ao público o que ele deseja.
Por exemplo, quando a demanda por morangos orgânicos crescer, for significativa e economicamente interessante (hoje a um custo elevado), os produtores terão que abandonar os agrotóxicos e aumentar a produção natural, se quiserem vender. Até lá, estão na cômoda posição de vender morangos repletos de venenos, pela metade do preço.
Confira, abaixo, a matéria publicada na Folha de São Paulo:
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