terça-feira, 9 de outubro de 2018

Idosos e doenças crônicas

Segundo levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz de Minas, 70% dos brasileiros com mais de 50 anos têm alguma doença crônica.
O trabalho, batizado como Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros, realizado com base em entrevistas, revela que 40% dos idosos apresentam alguma doença de longa duração. A hipertensão é a mais comum (apesar da metade dos enfermos não controlarem a enfermidade), seguida por problemas na coluna, colesterol alto e catarata.

Conforme dados da ELSI/BRASIL, o Brasil possui quase 30 milhões de idosos. 52% da população possui hipertensão; 40% problema na coluna; 30% colesterol elevado; 16% diabetes.

Em um momento onde o Ministério da Saúde está na iminência de assinar outro acordo voluntários com a indústria alimentícia para redução do açúcar nos iogurtes, sucos em caixa, refrigerantes, achocolatados, bolos e biscoitos, é chegada a hora do poder público implementar políticas voltadas para a alimentação saudável e incentivar um estilo de vida consciente.

Atualmente o SUS gasta, aproximadamente, R$ 7,5 bilhões ao ano no tratamento de câncer, diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis. Cuidar da saúde das pessoas é mais barato do que remediar um cidadão já doente e que precisa do Estado para recuperar sua plena condição clínica.

Pelos cálculos da OMS, somente os 78 países mais pobres do mundo poderiam salvar 8 milhões de vidas até 2030 se investissem apenas US$ 1,27 extra por cidadão a cada ano em prevenção e tratamento de doenças crônicas. Com este investimento, os governos economizariam US$ 350 bilhões em seus serviços de saúde.

A prevenção é sempre a melhor alternativa quando o assunto é a saúde física e mental das pessoas.

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