quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Somos adaptados para qual tipo de comida?


A espécie humana foi genética e evolutivamente adaptada para comer comida natural. Plantas e bichos. Somos pouco adaptados a quantidades absurdas de carboidratos provenientes de alimentos processados, grãos, farináceos e açúcar. 

Então, qual seria a dieta natural do ser humano? O que nossos antepassados comiam? Por que eles não tinham, com frequência, as denominadas "doenças ocidentais"?

O homem paleolítico, aquele que viveu há mais de 10 mil anos, antes da Era da Agricultura, certamente não apresentava constantes picos de insulina devido ao tipo de alimentos que tinham o costume de consumir.

É sabido que cada alimentos provoca diferentes efeitos sobre o metabolismo do nosso corpo e, principalmente, sobre a insulina, que, em excesso, favorece de forma desproporcional o ganho de peso.

Tal hormônio pancreático, em doses normais, permitir o regular uso e o armazenamento dos nutrientes. 

Já os alimentos repletos de carboidratos refinados (glicose ou amido) inunda a corrente sanguínea de glicose, demandando do organismo a secreção de muita insulina para dar conta de tanto açúcar. 

Insulina elevada de forma anormal bloqueia o uso das gorduras armazenadas no corpo. Assim, aquela gordurinha localizada na região abdominal, neste cenário metabólico, não queimará e não será utilizada como forma de energia, enquanto tiver glicose, proveniente da dieta, disponível e circulando no sangue.

Por isto a insulina elevada favorece o armazenamento de gordura.

Por outro lado, comida de verdade é desprovida de grande quantidade de açúcar ou amido e, por isto, não favorece o armazenamento de gordura. Mesmo que o volume de calorias sejam iguais (300 calorias de pão é diferente da mesma quantidade de peixe), os efeitos metabólicos serão completamente diferentes, assim como a sinalização para armazenar ou queimar gordura corporal.

As dietas atreladas à contagem da calorias não funcionam porque, em algum momento, teremos restrição energética e fome. Este caminho sabota qualquer estratégia nutricional, simplesmente porque é contra a própria natureza humana.

A questão tangencia a saciedade e palatabilidade. 500 calorias de sorvete é fácil comer. Já esta quantidade de ovos cozidos (7 ovos) é muito mais difícil de ingerir de uma vez. A explicação: a proteína e a gordura são muito mais saciantes que o carboidrato.

O açúcar é inegavelmente um gerador de compulsão. Incomum ter compulsão por brócolis. Uma das vantagens da estratégia nutricional denominada low carb é exatamente retirar um grande gatilho de compulsão (carboidrato refinado). No final das contas, a pessoa acaba comendo menos, o que é bom para emagrecer.

Por isto, priorize alimento oriundo da fazenda e os produtos das fábricas.

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