Relação entre carboidrato e gordura corporal

Nem todo o carboidrato que é consumido transforma-se automaticamente em gordura corporal.

Muitas variáveis entram em jogo, principalmente a individualidade biológica e o metabolismo pessoal de cada um. Mas é certo que a ingestão imoderada de carboidrato sob a forma de açúcar simples e frutose proveniente dos produtos industrializados - estimulantes da insulina - fatalmente serão transformados em gordura, principalmente na região abdominal. 

A ingestão de carboidrato transforma, durante o processo digestivo, o alimento em glicose. Se esta energia não for prontamente utilizada, por exemplo, em uma atividade física intensa, o excesso daquele carboidrato consumido - e não utilizado - será armazenado.

Tal processo ocorre, principalmente, de duas formas: o fígado transforma o excesso de carboidratos e o armazena - em quantidade limitada - sob a forma de glicogênio muscular ou hepático (para imediata utilização, em caso de necessidade) ou armazenará a glicose que sobrou em gordura no próprio fígado (que pode causar esteatose hepática) ou, por fim, no tecido adiposo, na forma de triglicerídeos.

Assim, todo carboidrato não utilizado e que já preencheu o pequeno estoque glicogênico se transmudará em gordura, no tecido adiposo, onde grandes quantidades podem ser acumuladas. Se houver muita insulina circulando, este hormônio cuidará para que a gordura fique por ali, inacessível e lacrada, pelo menos até que o nível de açúcar no sangue se normalize.

Portanto, o consumo diário de carboidratos engordantes (pães, massas, bolos, biscoitos, bolachas, refrigerantes, biscoitos recheados, bebidas açucaradas etc.), aliado ao sedentarismo, terá o poder de transformar sua (má) alimentação nas famosas gordurinhas localizadas.

Afinal, você já sabe que inexiste relação direta entre a gordura ingerida (proveniente dos alimentos) e o processo de acúmulo de gordura corporal. O que metabolicamente irá te engordar é o excesso de carboidrato - o açúcar!