sexta-feira, 24 de março de 2017

Os radicais livres e o estresse oxidativo


Oxigênio é vida. A cada respiração, um novo sopro divino que nos impulsiona.

Nosso corpo sofre danos causados pelos radicais livres desordenados que provocam o estresse oxidativo. Os radicais livres não neutralizados podem gerar uma reação em cadeia bastante nociva ao nosso organismo.
Normalmente, durante o processo de utilização do oxigênio no metabolismo para a produção de energia (oxidação), formam-se os radicais livres.

O estresse oxidativo é como uma ferrugem, corrosão interna. Inúmeras doenças degenerativas crônicas possuem como causa subjacente a inflamação e o estresse oxidativo, os efeitos tóxicos do oxigênio. Exemplo típico é a obesidade e a síndrome metabólica.



Os conhecidos radicais livres são moléculas de oxigênio com um elétron solitário e seu antídoto são os alimentos antioxidantes, como as vitaminas C, E, A, obtidas nos vegetais e frutas, que liberam um elétron para um radical livre e compensa o elétron desemparelhado, neutralizando-o. 


Caso contrário, poderão gerar outros radicais livres, ainda mais instáveis, que poderão causar diversos danos à membrana celular, à parede dos vasos sanguíneos e mesmo ao núcleo das células. Tais lesões são exatamente o que se denomina estresse oxidativo.

Os radicais livres podem ser gerados por exercícios físicos excessivos, estresse anormal, poluição do ar, da comida e da água, tabagismo etc.

Segundo o dr. David Perlmutter, autor do excelente "A dieta da mente", preconiza que,



" Segundo os especialistas, a origem dos processos de degeneração do cérebro está na inflamação, responsável pelo estrago, que causa a ativação de processos químicos que aumentam a produção de radicais livres. Estes são moléculas que perderam um elétron, deixando de girar em pares. As causas disto podem ser poluição, produtos químicos, dieta tóxica, estresse. Quando isto ocorre, a molécula abandona seu comportamento normal e começa a ricochetear por toda parte, tentando roubar elétrons de outras moléculas. Esse movimento é o processo de oxidação propriamente dito, uma cadeia de eventos que atacam as células e provocam a inflamação, que cria novos radicais livres. 

Como os tecidos e as células oxidados não funcionam normalmente, todo esse processo destrutivo o predispõe a um emaranhado de problemas de saúde.
Ou seja, a gênese do processo inflamatório crônico é o denominado estresse oxidativo, um tipo de ferrugem.

A oxidação descontrolada pode ocorrer tanto fora, causando envelhecimento prematuro, como por dentro, endurecendo vasos sanguineos, danificando as membranas celulares, comprometendo a parece intestinal e, sobretudo, destroçando tecidos e órgãos.

Neste complexo cenário, tudo o que reduz a oxidação reduz também os processos inflamatórios e vice-versa. Por isto os antioxidantes (encontrados naturalmente nas castanhas, frutas, verduras e legumes) são tão importantes, jã que eles doam elétrons aos radicais livres, o que interrompe a reação em cadeia e ajuda a prevenir os danos provocados. 

O excesso a níveis elevados de glicose no sangue pode dar origem a AGE (Produtos Finais de Glicação Avançada), reações químicas que ocorrem quando moléculas de glicose se ligam aleatoriamente a proteínas importantes, tornando-as inúteis. Isto pode resultar no acréscimo de inflamação."
Além do mais, o envelhecimento está associado ao excesso de radicais livres no corpo. Assim, quanto menos radicais livres tivermos, mais jovens e saudáveis seremos. 

Portanto, uma boa estratégia alimentar para melhorar nossa saúde é evitar ou diminuir o consumo de açúcar e carboidratos refinados, processados e industrializados que estimulam consideravelmente a secreção da insulina que, por sua vez, provoca o acúmulo de gordura no corpo, sendo que esta gordura acumulada é a fonte do processo inflamatório.

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