sábado, 1 de outubro de 2016

Alimentação saudável é direito de toda criança


De acordo com a Declaração dos Direitos da Criança (das Nações Unidas), todas as crianças devem ter garantida uma alimentação suficiente, acessível, duradoura e em condições saudáveis. 

Como será que anda a nutrição de nossas crianças e jovens? 

E nas escolas, são oferecidos alimentos de qualidade ou ensinados bons hábitos alimentares? 
Se visitarmos hoje as escolas do Ensino Fundamental, públicas e privadas, qual seria o diagnóstico da alimentação oferecida nas cantinas e lanchonetes?

De início, é bom ficar claro que a desnutrição ou o oferecimento de comidas de péssima qualidade violam os direitos fundamentais da criança e do adolescente, na medida em que eles serão expostos a produtos industrializados e açucarados que poderão desencadear uma série de distúrbios metabólicos, doenças crônicas e favorecer o ganho de peso e até a obesidade.

Por isto, é preciso garantir às nossas crianças o acesso diário a comidas saudáveis e balanceadas. Iniciativas devem ser desenvolvidas e incentivadas para que nossos filhos sejam mais conscientes e que tenham uma melhor relação com a comida. 

Sabemos que há casos, minoritários felizmente, nas escolas onde foram encontradas comidas estragadas, com o prazo de validade vencido ou armazenadas de forma inadequada. 

É preciso promover a saúde na educação. Ensinar hábitos saudáveis nas crianças importa em formarmos adultos conscientes e saudáveis. A prevenção a longo prazo é a melhor forma de reverter o quadro atual e grave da saúde em relação a doenças ligadas diretamente à nutrição, como hipertensão, obesidade e diabetes.

Aliás, a conscientização alimentar vale para toda a sociedade: alunos, filhos, pais, professores, diretores e governantes.

É sabido que a alimentação ideal é aquela que fornece todos os nutrientes necessários para um perfeito funcionamento do organismo, de modo que a criança possa crescer e se desenvolver de forma saudável.

A escola é um ambiente natural de aprendizado. Como possui função complementar na educação, seus alunos devem ser estimulados a desenvolver hábitos saudáveis, a praticar exercícios físicos, a aprender noções de nutrição, bem como compreender os prejuízos causados à saúde pela ingestão de refrigerantes e biscoitos recheados.

Deveriam, no ambiente formal da escola, como suplementação ao currículo oficial ou até como programa de matéria transversal, aprender a cultivar uma horta orgânica (livre de agrotóxicos), ter contato direto com a natureza, manejar o solo, os vegetais, saber diferenciar os diversos tipos de verduras e legumes, ter noções básicas de como planejar o plantio, fazer mudas, colher e preparar o seu próprio alimento. 

Tudo como meio natural para que a criança desenvolva habilidades e conhecimentos, permitindo ela descobrir, selecionar e consumir alimentos saudáveis de forma adequada e segura. 

A Resolução 26/2013 do Ministério da Educação (clique aqui para acessar) dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE.

Da mesma forma, a alimentação saudável nas escolas, bem como o seu debate entre os alunos, são obrigatórios, nos termos da Lei federal 11.947/2009 (clique aqui para acessar), que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica.

Mencionada legislação definiu as diretrizes da alimentação escolar: 
I - o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica;  
II - a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional; 

As leis já existem. Precisamos colocá-las em prática.

Portanto, envolver a criança neste processo e dando-lhe oportunidades para interagir com a própria comida é uma estratégia interessante e atraentes. A simples proibição é a pior forma de educar. Ensine pelo exemplo. Explique que comer um brócolis ou uma maçã inteira é muito melhor, mais legal e saudável do que encher a barriga com pizza, batata frita ou um salgadinho frito.

Neste contexto, a nutrição deve estar associada a educação. É fato que a saúde infantil moderna encontra-se extremamente vulnerável às alimentações de péssima qualidade como doces, salgadinhos, suco de caixinha, refrigerantes, frituras e vários tipos de alimentos industrializados. 

Como consequência direta, as crianças e adolescentes apresentam, cada vez mais precocemente, obesidade infantil e a Diabetes tipo 2, tudo como resultado de um inadequado estilo de vida, potencializado por hábitos alimentares pouco saudáveis.

No entanto, felizmente, é possível reverter este quadro com a divulgação da Educação Alimentar !

Enfim, trata-se de uma questão social e de Segurança Alimentar !


Para finalizar, não deixe de assistir a este vídeo:



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