segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dia Mundial do Diabetes


Hoje, 14 de novembro, se comemora o Dia Mundial do Diabetes. A data, simbólica, se destina, principalmente, a alertar a população sobre esta grave doença, muitas vezes silenciosa e que pode ser fatal.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.

As últimas estimativas apontam que mais de 16 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil e 72 mil morrem todos os anos no país. A OMS já classificou a Diabetes como epidemia mundial. Os números globais são assustadores (420 milhões de pessoas) e as projeções mais ainda.

Infelizmente, é fato que as pessoas ainda não se conscientizaram deste problema de Saúde Pública. A sociedade - e especialmente crianças e adolescentes - continuam a se alimentar de forma pouco saudável. Este comportamento é motivado pela ignorância, desconhecimento ou desinteresse sobre as sérias e muitas vezes irreversíveis consequências.

Sabemos que a Diabetes Tipo 1 é uma doença auto-imune, onde as células beta do pâncreas não produzem o hormônio insulina para abaixar e controlar os níveis de açúcar no sangue. Somente é tratada e controlada com assistência médica e utilização de medicamentos.

No entanto, muito diferente, é a Diabetes Tipo 2, associada ao estilo de vida e a alimentação das pessoas. Trata-se de uma doença alimentar, que provoca uma desregulação metabólica e que pode ser perfeitamente evitada.

O adulto pode comer o que quiser. Ele é maior, responsável por seus atos e conhece (ou deveria conhecer) as consequências de seus atos. Mas em relação a uma criança, a coisa muda de figura. Ela é uma pessoa ainda em formação. Inocente e sem experiência. Por isto, deve ser orientada, educada e ensinada acerca da alimentação saudável e estimulada à prática de bons hábitos de vida.

Talvez mais grave e triste que uma criança obesa, é o diagnóstico precoce da Diabetes Tipo 2 que acomete uma menina, por exemplo, de apenas 10 anos de idade. Ela terá que conviver com as duras consequências da doença por toda a vida, suportando limitações, já que trata-se de uma enfermidade ainda irreversível, depois de instalada.

Portanto, neste dia, sejamos mais alertas em relação a Diabetes. Aos pais, dediquem especial atenção, carinho e cuidem da alimentação de seus filhos. Evitem alimentos que comprovadamente provocam a elevação do açúcar no sangue e consequentemente estimulam a secreção da insulina, cujos níveis cronicamente elevados irão minar o organismo ao longo dos anos. 

Refrigerantes, biscoitos recheados, produtos industrializados e processados, doce, chocolate, bolos, açúcar, carboidratos refinados, bebidas açucaradas, xarope de milho com alto teor de frutose. Tudo isto não presta para a promoção de uma boa saúde. Estes alimentos têm o potencial de engordar e adoecer as pessoas.


As famílias devem ser conscientizadas e estimuladas a, durante as refeições, conversarem sobre Educação Alimentar. 

A palavra de ordem na alimentação é a prevenção! Ofereça aos filhos comida de verdade, oferecidas pela natureza, como carnes, frangos, ovos, peixes, castanhas, verduras, legumes e frutas e não produtos artificialmente criados em laboratório pela indústria. 

A melhor bebida é a água e não suco de caixinha!

Enfim, eduquem pelo exemplo!

Sem dúvida, a alimentação equilibrada, observada a individualidade biológica de cada um, e a redução significativa no consumo dos mencionados produtos são medidas necessárias para a prevenção do Diabetes Tipo 2.

Mas não é só. Além da conscientização e no aprimoramento dos hábitos alimentares, é crucial o envolvimento dos governos na formulação de políticas públicas efetivas que favoreçam uma vida saudável, incentivando a produção de alimentos locais, orgânicos e eliminando do prato as chamadas "junk foods".

As causas, não os sintomas, devem ser atacadas. A prevenção evita a medicação. Um amplo debate social precisa ser travado. Caso contrário, a carência de iniciativas integradas contribuirá  para que a doença continue crescendo e sufocando os sistemas de saúde pública.

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