sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A verdadeira mudança é interior

Tenha em mente que a verdadeira mudança no estilo de vida começa no seu interior, na mente e no coração.

Você pode receber todas as informações disponíveis sobre alimentação, nutrição, o que e quando comer. Poderá ser capaz de entender sobre a nocividade da indústria alimentícia ou perceber os atuais hábitos sociais e a má alimentação consumida pelas crianças e adolescentes são prejudiciais a saúde. 


No entanto, nada afetará o seu dia a dia alimentar se você não tiver plena consciência do que quer e quais são os seus objetivos. Não se engane que você sofrerá muita pressão das pessoas que estão a sua volta.

Não tenha dúvida que vários questionamentos serão feitos durante o processo de "desintoxicação" dos carboidratos e açúcares. O "bullying" será grande. Pessoas para ajudar e incentivar serão poucas, mas valiosas.

Afinal, a cada escolha, uma renúncia ...

Pois bem, partindo do pressuposto que você está convicto e decidido a fazer as pazes com o espelho, mudar para um estilo de vida saudável no longo prazo e, principalmente, ganhar em saúde física e mental, prossigamos.

Durante o processo evolutivo da espécie humana (2,5 milhões de anos), o nosso DNA foi sendo moldado, de acordo com as necessidades. Os humanos tornaram-se especialistas eficientes em armazenamento de combustível e, por isto, conseguiram sobreviver a um ambiente hostil. 

Por isto é tão fácil engordar e difícil emagrecer. Afinal, nossos ancestrais não tinham à disposição comida em abundância no supermercado da esquina. Tinham que batalhar para conseguir alimento. O corpo foi feito, evolutivamente, para armazenar gordura e não criar músculos. Por isto aquela preguiça natural para se levantar todos os dias e nos exercitarmos. 

Quando nos alimentamos, ingerimos basicamente três macronutrientes: carboidratos, proteínas e gorduras.

O carboidrato é convertido em uma forma simples de açúcar chamada glicose, seja diretamente no intestino ou após uma breve passagem pelo fígado. Na prática, todo o pão, biscoito, cereais, massa, arroz, frutas e refrigerantes que você come e bebe, mais cedo ou mais tarde, viram glicose. 

Mas apesar da glicose ser uma imprescindível fonte de energia por excelência, ela também pode ser tóxica e nociva ao nosso organismo, quando em excesso. Devido à programação genética, o corpo evoluiu e aprendeu a retirar este excesso de glicose do sangue e armazená-lo nas células.

Então, o organismo emite o comando para que o fígado e os músculos armazenem um pouco da glicose excessiva como glicogênio. Após, as células beta especializadas, no seu pâncreas, sentem a abundância de glicose na corrente sanguínea após uma refeição e secretam insulina, um hormônio cujo trabalho é permitir à glicose (e gorduras e aminoácidos) ter acesso ao interior de todas as células que necessitam de combustível. 

Contudo, já que essas células estão cheias, como invariavelmente ocorre nas pessoas que engordam, o restante da glicose é prontamente convertida em gordura e armazenada. 

A insulina parece ter sido um dos primeiros hormônios a evoluir e se adaptar nos mamíferos como forma eficiente de armazenamento do excesso de nutrientes. Nada mais lógico, já que a sobrevivência era difícil diante da escassez de comida. O que o corpo pudesse guardar para o futuro, melhor. Só que na Idade da Pedra Lascada inexistiam comida industrializada, processada e refinada. 

A glicose é importante para o funcionamento normal do corpo. O organismo, buscando sempre a homeostase, regular, de forma rígida e implacável, os níveis glicêmicos, mantendo-os em uma faixa de segurança.

Ou seja, o corpo humano fará de tudo para manter estáveis e ideais os níveis de açúcar no sangue. E ele possui ótimos mecanismos para isto. Qualquer alteração nos limites, seja abaixo do piso ou acima do teto, ativariam diversos sistemas de controle, a fim de que tudo volte à normalidade. 

Tudo gira em torno do equilíbrio perfeito!

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