sábado, 10 de setembro de 2016

O tecido adiposo é meticulosamente controlado


Em termos bioquímicos, "você é tão gordo quanto precisa ser"!

Parece que o que nos faz mais gordos, por consequência, nos faria comer mais, já que o crescimento determinaria o nosso apetite e como gastamos energia. 

Tudo indica que a pessoa obesa estaria com seus hormônios desequilibrados e com o sistema de saciedade desbalanceado.
Idealmente, a gordura deveria ser utilizada como energia e não para ser armazenada no corpo indefinidamente.

A gordura corporal é regulada de maneira meticulosa, mas nem sempre perfeita. O corpo busca o equilíbrio automaticamente, 24 horas por dia, sem descanso ou férias.

É que a mobilização e o armazenamento lipídico, segundo consta, ocorre continuamente, independente do estado nutricional do animal.

Na seara nutricional, é importante distinguirmos de onde vem a informação e qual a origem daquilo que chega até você.

No dia a dia, ouvimos dizer, por todos os lados, que tal comida é boa, que determinado alimento engorda, que a gordura faz mal ou que devemos observar fielmente as recomendações da pirâmide alimentar.

Bom que você saiba que diante de uma informação, notícia ou matéria jornalística, em termos de confiabilidade, o menor nível de segurança advém da nossa opinião pessoal: "eu acho". 

O segundo método menos confiável e falho são os chamados estudos observacionais. Através deles você pode, no máximo, formular uma hipótese, mas nunca definir causa e efeito.

Por fim, o melhor e mais confiável nível de evidência são os estudos/experimentos clínicos prospectivos e randomizados que, dada a sua natureza, podem fazer uma associação direta entre a causa e o efeito. Este é o padrão ouro das pesquisas científicas. A boa ciência.

É importante ter a noção de que pessoas não adquirem sobrepeso porque são gulosas ou preguiçosas mas, acredito, por causa de uma provável desregulação do tecido gorduroso.

Quando a pessoa engorda em demasia tudo leva a crer que o seu equilíbrio foi afetado e a regulação do seus tecido adiposo estaria mesmo comprometida, mas ainda funcionando. É essencial sabermos a causa deste "defeito" para poder saná-lo.

O jornalista americano Gary Taubes, em seu excelente e fundamental livro "Por que engordamos", resume bem a questão ao afirmar que o animal não engorda porque come demais, ele come demais porque está engordando. A causa e o efeito estão invertidos. A gula e a preguiça são efeitos do processo de engordar. São causadas, fundamentalmente, por um defeito na regulação do tecido adiposo do animal.

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